O Que Eles Um Dia Não Tiveram Vergonha De Fazer. E Continuam...

30 março, 2017

O Coxo Do Seixal.

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Jogadores do Benfica estão fartos de Rui Vitória

Rui Vitória pode ter a renovação prometida – se bem que nunca mais assinada ou, pelo menos, comunicada à CMVM –, mas está longe de ser consensual na Luz, especialmente entre os jogadores. É verdade que, na época passada, por circunstâncias várias e que praticamente lhe caíram do céu, o treinador conseguiu unir o grupo e assim vencer vários jogos e o Campeonato Nacional, sem esquecer o papel determinante daquela mão que embalou o berço do colinho. Mas já nessa altura os resultados foram conseguidos apesar da qualidade dos treinos e não graças a eles.

A grande forma de Gaitán, Jonas e Mitroglou na segunda metade da época passada disfarçou muitos problemas, mas, deste trio, o primeiro partiu para Madrid e o segundo tem tido crónicos problemas físicos. Este ano, Rui Vitória tem sido muitas vezes salvo por Ederson, mas os jogadores sentem-se várias vezes perdidos em campo e queixam-se de não saber o que fazer em diversos momentos do jogo. Isto para além do fraquíssimo aproveitamento (defensivo e, especialmente, ofensivo) nas bolas paradas, já mais do que previsíveis. “Uma nulidade”, ouve-se no Seixal, onde também lhe chamam pejorativamente de coxo, numa referência aos problemas físicos que o levam a mancar cada vez mais, até porque o peso não ajuda.

O desgaste do relacionamento com o plantel faz-se igualmente sentir: Vitória procura uma liderança participativa, ouve os jogadores, raramente se exalta (exceto com os árbitros, no final dos jogos), mas denuncia falta de pulso. Para contrariar isso, tem tentado ser mais vezes duro, o que já lhe valeu dissabores, como uma situação num treino em que, corrigindo o posicionamento defensivo de Luisão, viu o capitão virar-lhe as costas e ignorar o reparo. Outro caso de indisciplina foi protagonizado por André Almeida, cansado das entradas e saídas da equipa e que não ficou sequer muito contente por ser apelidado de “apaga-fogos”. O treinador pediu-lhe mais empenhamento num exercício e ouviu uma resposta lapidar: “Mais do que já dou? É sempre a mesma merda”, disse com mais ou outro impropério. Como tem menos estatuto, foi chamado à atenção por ordem superior depois do treino e o caso foi considerado banal.

Porém, se falar com sinceridade, nenhum jogador do Benfica dirá que não está farto de Rui Vitória, dos treinos com exercícios repetitivos e de não perceber as ideias do técnico para as fases quentes dos jogos. Talvez a exceção seja Zivkovic, que ainda nem entende bem o que se passa à volta e que tem sido repetidamente aposta, apesar de há muito não render o mínimo exigível. E isso também não é bem aceite pelos colegas.

27 março, 2017

O Colinho Do Judas Das Classificações.

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Todo o homem tem um preço e que o diga Ferreira Nunes, antigo responsável pela secção de classificações do Conselho de Arbitragem. Em troca de 30 moedas de prata, Judas entregou Jesus aos seus captores – Ferreira Nunes teve direito a algo mais do que isso (como veremos mais adiante), mas tinha de entregar duas cabeças e não apenas uma. Falhou no objetivo mas teve préstimos muito mais valiosos para a causa benfiquista. Entretanto, o futebol português foi aliviado da sua presença, para já – isto porque o senhor não desiste da luta pelo lugar de presidente da Associação de Futebol de Coimbra.

Vamos por partes. Quem garantiu a Ferreira Nunes o lugar na secção de classificações do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol? Luís Filipe Vieira, pois claro. Em troca só lhe eram exigidas duas coisas: o afastamento de dois árbitros desagradáveis para o regime encarnado, Marco Ferreira, da Madeira, e Jorge Sousa, do Porto. Apesar de ter apitado a final da Taça de Portugal, em 2015, e de ter recebido as insígnias da FIFA em janeiro desse ano, Marco Ferreira foi despromovido da categoria de elite do futebol português, no final da época 2014/15. Jorge Sousa salvou-se in extremis do destino que lhe estava traçado, invocando uma oportuna lesão que o deixou de molho durante metade da temporada e que o manteve no escalão principal, sem classificação.
 
Ferreira Nunes, cuja presença nos camarotes da Luz se encontra documentada, podia ter-se limitado a garantir o possível, até porque é conhecida a sua paixão leonina, mas os amigos são para as ocasiões e é caso para dizer que o ex-dirigente foi para lá do que lhe pedia a troika encarnada. Uns maços de notas entregues por vias travessas ajudam a explicar todas as classificações simpáticas que ao longo do seu mandato fez pelo Benfica e que contribuíram de forma determinante para os títulos conquistados. Quem também beneficiou com isso foram as lojas da Avenida da Liberdade, que ficaram com problemas de stocks após a passagem da mulher de Ferreira Nunes, que chegou acompanhada de um tsunami de dinheiro vivo. E a origem das notas não era o petróleo angolano.

Ferreira Nunes não conseguiu enviar Jorge Sousa para o purgatório do CNS, mas compensou muito bem Vieira, repetimos. Aliás, começou a dar tanto nas vistas que já não teve hipóteses de prolongar o seu reinado. E os velhos laços não foram desfeitos, como prova o recente jantar do ex-homem forte dos observadores com Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, na Mealhada. Gonçalves foi responsável por apresentar Ferreira Nunes a Vieira, tendo nascido uma amizade baseada no… verde!

Voltando à metáfora bíblica, Ferreira Nunes não sentiu grandes remorsos pelo seu trabalho na FPF nem pelo que fez a Marco Ferreira, ao contrário de Judas. Entretanto, já arranjou um tacho agradável: é administrador das Águas de Coimbra, uma nomeação que valeu um comunicado bem duro do PSD, que não hesita em usar o termo cacique para o caraterizar. Não podemos, porém, concordar com a crítica que lhe é feita de falta de competência técnica: se há coisa que Ferreira Nunes faz bem é mesmo meter água.

12 março, 2017

Um plantel muito forte no banco.

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Com João Capela a fazer-se lesionado depois de ter eliminado o FC Porto da Taça de Portugal em Chaves, no jogo mais miserável que um árbitro fez em Portugal esta época 2016/2017, o Benfica poderia ficar preocupado com a ausência de um valor seguro nas decisões do campeonato. Mas é nessas alturas que um bom banco de suplentes pode fazer a diferença. Não há Capela apita o Bruno Esteves. O árbitro de Setúbal tem uma folha de serviços sensacional, de fazer vergonha a Eusébio, com 14 jogos arbitrados do Benfica e 13 vitórias e um empate – e convém esclarecer que o empate foi num Benfica-Paços de Ferreira para a Taça de Portugal, jogo da segunda mão, depois do Benfica ter vencido a primeira por 2-0. 

Com Bruno Esteves de apito na boca o Benfica marcou 35 golos e sofreu apenas cinco. Os responsáveis do Benfica sabiam bem que nem com dez milagres sobreviveriam à segunda mão da Liga dos Campeões, na Alemanha e então toca de fazer entrar o Esteves frente ao Belenenses. O jogo é em casa, o Belém é um clube amigo, muito amigo, mas mais vale jogar 12 contra 11 do que em igualdade numérica.

Lista de jogos do Benfica arbitrados por Bruno Esteves

2017-01-22         Benfica-Tondela, 4-0                     J18 Liga NOS 2016/2017          
2016-10-28         Benfica-Paços Ferreira, 3-0         J9 Liga NOS 2016/2017            
2015-11-08         Benfica-Boavista, 2-0                     J10 Liga NOS 2015/2016
2015-01-14         Benfica-Arouca, 4-0                       Grp.A Taça da Liga 2014/2015         
2014-01-25         Benfica-Gil Vicente, 1-0               Grp.D Taça da Liga 2013/2014         
2013-09-22         V. Guimarães-Benfica, 0-1          J5 Liga 2013/2014
2013-04-15         Benfica-Paços Ferreira, 1-1         MF Taça Portugal 2012/2013
2013-01-26         Braga-Benfica, 1-2                          J16 Liga ZON Sagres 2012/2013
2012-11-11         Rio Ave -Benfica, 0-1                      J9 Liga ZON Sagres 2012/2013             
2012-09-02         Benfica-Nacional, 3-0                    J3 Liga ZON Sagres 2012/2013
2012-03-11         Paços Ferreira-Benfica, 1-2         J22 Liga ZON Sagres 2011/2012           
2011-12-16         Benfica-Rio Ave, 5-1                      J13 Liga ZON Sagres 2011/2012           
2011-10-01         Benfica -Paços de Ferreira, 4-1  J7 Liga ZON Sagres 2011/2012
2010-10-29         Benfica-Paços Ferreira, 2-0         J9 Liga ZON Sagres 2010/2011

11 março, 2017

SalvadorDesportos.

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De almoço em almoço anda Octávio Ribeiro, sempre a fazer panelinha. Para os que ficaram surpreendidos com o prémio Guerreiro Solidário, atribuído pelo SC Braga à CMTV, o Futebol Proibido conta-lhe como tudo foi cozinhado, com tempero e tudo.

A eminência parda foi, como não podia deixar de ser, Joaquim Oliveira, que telefonema para aqui, telefonema para ali, combinou um almoço em Braga entre António Salvador e Octávio Ribeiro. E então ficou combinado que o SC Braga oferecia o prémio Guerreiro Solidário e em troca o Correio da Manhã deixava de fazer notícias sobre o cobrador do fraque e as dívidas da Britalar de António Salvador.

E o que aconteceu a seguir? A CMTV recebeu o prémio e nunca mais houve notícias feias para António Salvador no Correio da Manhã ou na CMTV.

10 março, 2017

Um trio de três.

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O Pabe é um restaurante em plena Duque de Palmela, ali bem perto do Marquês, em Lisboa, que está conotado com a direita política, nomeadamente com o PSD. Mas, pelo menos uma vez por semana, não há ali direita nem esquerda, mas sim negócios bem cozinhados. Uma vez por semana, juntam-se ali os seguintes comensais: Joaquim Oliveira, o fundador da Global Media e da Sport TV, que já perdeu os anéis e um par de dedos; Angelino Ferreira, ex-administrador do FC Porto, acossado pela Justiça por cauda da Gaianima; e Octávio Ribeiro, inefável diretor do Correio da Manhã e feirante de notícias.
 
E o que une à mesa e fora dela três personalidades tão diversas? O ódio a Pinto da Costa, o histórico presidente do FC Porto que há mais de 30 anos faz questão de tirar o sono à malta que se julga importante da capital. Surpreendente o salto mortal de Angelino Ferreira, transformado em ponta de lança não se sabe bem de quê. 

Oliveira, Ferreira e Ribeiro formam uma aliança espúria e que ilustra como este país está, movido a almoçaradas lisboetas. Só não vendem as mãezinhas porque ninguém as quer.

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